quarta-feira, 11 de maio de 2011


... e chega um tempo em que procuramos as palavras certas. as que não digam demais. as que não prolonguem a distância. reinventamos a linguagem, como se fosse possível dizer o mesmo, sem o dizer. tacteamos reacções a cada frase sem conseguir adivinhar quais são os termos proibidos. nessa incerteza de palavras erradas, não atingimos a comunicação. vagueamos entre ideias e a sua expressão. sem que o que dizemos seja o que queremos dizer. talvez os códigos desta linguagem reinventada venham a ser perceptíveis para quem os escuta. pela necessidade de um novo entendimento...

......num tempo feito de manhãs ensolaradas em que o silêncio se alonga na preguiça dos gatos. um tempo sem tempo que se afunda em pequenos confortos e doces palavras sussurradas. horas compridas adivinhadas pela luz da janela. um tempo suave em que o corpo flutua como se tudo estivesse bem no mundo...

"I took a walk around the world to
Ease my troubled mind
I left my body laying somewhere..."

Dizem que vive na transparência do sonho...

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